EM MANUTENÇÃO

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Ao Luar

Para "abertura das hostilidades" vou aqui recordar um episódio que foi para mim dos mais sensuais, e ao mesmo tempo, e numa análise mais... psicológica da coisa, foi talvez um prenuncio da forma como nós viriamos a encarar a nossa relação, agora que já passámos juntos quase... 100 anos??? (he he he).
Tu já me tinhas dito que gostarias de fazer sexo ao luar, e numa noite, depois da habitual
ida ao bar para tomar café, fomos para o carro, e eu, "desapercebidamente" dirigi-me para o
campo, onde inevitavelmente terminavam grande parte das nossas noites...
Ao sairmos da cidade, reparámos que estava uma linda noite de lua cheia, e eu decidi mudar
um pouco as coisas. Ao chegar a um local para onde não era habitual irmos, parei o carro, dirigi-me à bagageira, e retirei uma esteira daquelas da praia, em palhinha. Peguei-te pela mão, e no meio de perguntas e muito espanto da tua parte, dirigimo-nos a uma azinheira que ficava algo afastada do carro. Como o local era mesmo muito perto da estrada principal, a ideia era de que se aparecesse alguém e visse o carro, não iria logo dar connosco, e daria para nós nos recompormos.
Quando te disse qual era a minha ideia, mais uma vez surgiram mil e uma perguntas, e receios: ele eram os bichos, ou os carros que passavam logo ali, de luzes acesas... enfim. Lá te convenci que de noite não se consegue ver nada para fora das estradas, e quando aos bichos... ainda hoje não sei como consegui convencer-te... Adiante.
Estendi a esteira no chão, sentámo-nos a apreciar aquela maravilhosa noite de lua cheia, em que a intensidade de luz era tal que parecia dia. Ao fundo as luzes da nossa cidade brilhavam, e os tais bichinhos da noite faziam-se ouvir por todo lado, quebrando aquele silencio, e embalando-nos na sua cantoria... Começamos a acariciar-nos, e a visão que ainda guardo é a da tua silhueta iluminada por uma luz ténue, que te dava um ar lindo. Fui-te despindo, enquanto percorria o teu corpo com os meus dedos. Tu tremias ligeiramente, talvez de frio, talvez de medo da situação... não sei... talvez de excitação. Os bicos dos teus mamilos estavam rijos, e a tua pele arrepiava ao toque dos meus dedos. Entretanto, também tu me despias até ficarmos ambos completamente nus.
Foi a primeira vez que sentimos aquela sensação, pois até aí, tinha sido sempre dentro do carro, ou em casa, e agora estavamos ali os dois, completamente nus, no meio do campo, debaixo de uma azinheira, onde poderia aparecer alguém a qualquer momento. Mas isso nem nos passava já pela cabeça, pois a excitação já tomava conta dos nossos corpos e das nossas mentes.
O teu corpo, estava quente, embora a pele estivesse arrepiada ao meu toque, deitei-me de costas, e tu sentaste-te em cima de mim, enterrando o meu sexo em ti, e eu senti cada pedacinho de ti, desse forno que me leva sempre à loucura.
Começaste com movimentos lentos, enquanto as minhas mãos iam deliniando cada curva do teu corpo, desde as nádegas roliças e firmes, passando pela tua cintura fina, barriga, até encontrarem esses maravilhosos seios, onde adoro perder-me. Deitaste-te depois sobre o meu corpo, enquanto esfregavas o teu clitóris na minha zona púbica, eu ia fazendo movimentos de modo a conseguir penetrar em ti, e sentir o mais profundo do teu intimo, enquanto as minhas mãos massajavam agora as tuas nádegas, e puxava-te contra mim, enquanto as nossas bocas se uniam e as nossas línguas se entrelaçavam, misturando a nossa saliva num beijo molhado.
Como tu gostas desta posição... o ritmo foi aumentando, o teu roçar tornou-se mais impetuoso, e as minhas investidas mais vigorosas, os movimentos começaram a ficar descontrolados, e os nossos corpos estavam agora suados, e recebiam aquela brisa de verão, criando um misto de frio e quente. E foi assim que explodimos os dois num orgasmo louco, e eu senti aquela sensação dos musculos do teu sexo a apertarem o meu, como se quisessem aprisioná-lo para sempre. Depois deixaste-te ficar assim, deitada sobre mim, enquanto eu te acariciava as costas, o cabelo, e sentia o meu sexo a desfalecer dentro do teu corpo inundado com o meu sumo. Ficámos assim alguns minutos, até que o som de um carro que se aproximava na estrada, a alguns metros de nós, nos retirou daquela letargia deliciosa.
Depois... bem depois foi o regressar, um pouco dorido, pois a esteira não protegia das irregularidades do terreno, concerteza que as pedras ficaram todas marcadinhas nas minhas costas.
Ainda hoje, quando passo naquela estrada, olho aquela azinheira, e recordo aquela noite.

Mar

(foto de autor desconhecido, retirada da net)

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